sábado, 22 de maio de 2010

Dia Internacional da Biodiversidade

Hoje dia 22  de Maio, Dia Internacional da biodiversidade, o nosso grupo vai sair a rua, mais aqueles que se quiseram associar a nós, e vamos registar as espécies que encontremos.

O programa vai ser o seguinte:

Encontro às 11h30  Em frente à Escola Secundária Homem Cristo (ao lado do Teatro Aveirense)
12h00 Parque Infante Dom Pedro (almoço seguido de observação e registo das espécies observadas)
15h00 Parque Santo António (observação e registo das espécies observadas)
16h00 Salinas da Universidade de Aveiro




sexta-feira, 21 de maio de 2010

UM OLHAR SOBRE A BIODIVERSIDADE Saia para a rua, olhe, registe e partilhe

     O reconhecimento público de que o bem‐estar humano depende da
forma como gerimos os ecossistemas que nos rodeiam representa o prin‐
cipal desafio do programa Bioeventos 2010 (http://bioeventos2010.ul.pt).
O bom funcionamento dos ecossistemas e os serviços que estes nos pres‐
tam dependem da gestão da biodiversidade que os compõem. Mas a bio‐
diversidade está a perder‐se de forma acelerada e irreversível.
     Decorrente de uma parceria entre o Centro de Biologia Ambiental e o
Museu Nacional de História Natural, os Bioeventos 2010 assumem o papel
estratégico da Universidade de Lisboa na investigação e divulgação da Bio‐
diversidade em Portugal e inserem‐se nas comemorações do Ano Interna‐
cional da Biodiversidade.
     Se, por um lado, são as acções humanas que estão a diminuir a capaci‐
dade de resposta de muitos ecossistemas à crescente procura dos seus ser‐
viços, o reverter desta situação apenas será possível através de uma estra‐
tégia abrangente e de um esforço social colectivo por parte de investigado‐
res, professores e técnicos (promotores do conhecimento), decisores (res‐
ponsáveis pela implementação de políticas e mecanismos apropriados),
media (veículos privilegiados para a chamada de atenção e divulgação) e da
sociedade civil (principais beneficiários e um dos instrumentos possíveis de
monitorização do estado da biodiversidade).
      A participação da sociedade civil em questões de foro ambiental em
Portugal ainda se encontra longe da consolidação desejável. Ao contrário do
que sucede em muitos outros países desenvolvidos, o envolvimento público
em matéria de monitorização não é prática corrente no nosso país e a sua
importância, por exemplo, na avaliação de tendências populacionais de
espécies tem sido negligenciada.
      Inverter esta situação é o desafio que colocamos nas vossas mãos: pro‐
curamos aqui fornecer informação e um instrumento de trabalho que pos‐
sibilite a participação de todos na monitorização da abundância e da diver‐
sidade de espécies em território nacional.
      A biodiversidade todos os dias atravessa as portas de nossa casa, por
exemplo, através dos alimentos que consumimos ou dos organismos que
inesperadamente entram devido aos nossos hábitos e práticas. Além disso,
basta olhar através de uma janela para nos sentirmos atraídos por uma
flor colorida, um insecto estranho que nela pousa ou uma ave que, em voo
picado, tenta apanhar esse insecto. E quanto mais olhamos para a Natu‐
reza, maior é a vontade de conhecer esse mundo que nos rodeia e compre‐
ender as razões que por vezes levam ao desaparecimento da biodiversidade
que constitui o nosso quotidiano.
      E porque não dar mais um passo? Para tal basta criar o hábito de olhar
em volta, registar o que se observa e comunicar essa observação. Observa‐
ções continuadas no espaço e no tempo são a informação base das activi‐
dades de monitorização e são o instrumento necessário para prever alte‐
rações no estado da biodiversidade e os seus efeitos. Esta monitorização é
particularmente relevante quando se trata de espécies vulneráveis e reco‐
nhecidamente ameaçadas. Assim, o que lhe propomos é que saia para a
rua (seja o seu jardim, um parque na cidade, uma zona florestal, um campo
agrícola, uma praia, ou uma área protegida), olhe à sua volta, procure um
animal ou uma planta, fotografe e tente identificar a espécie através das
descrições e fotografias que fornecemos neste guia de campo.
      A diversidade de espécies existente no nosso país é de tal forma ele‐
vada que não é possível incluir todas neste primeiro guia. No entanto,
e enquanto não são disponibilizados guias temáticos mais completos,
seleccionámos um conjunto vasto de espécies comuns, e como tal de fácil
observação, para tornar o desafio mais apelativo e criar uma dinâmica de
participação que, esperamos, seja consolidada na nossa sociedade.
     Para atingir em pleno os objectivos aqui propostos, é ainda preciso que
os registos das observações sejam comunicados e armazenados. Assim, foi
criada uma base de dados online sobre a biodiversidade nacional (http//:
www.biodiversity4all.com) onde pode submeter os registos das suas obser‐
vações. Uma vez validados por especialistas, estes registos poderão ser
visualizados não apenas por si mas por todos os que acedam ao site.
     Não espere mais! Saia para a rua, sozinho, com amigos ou em família,
e ajude‐nos a conhecer melhor a nossa biodiversidade.
     A sua participação fará a diferença.
                                         Margarida Santos‐Reis
                                         Pela Comissão Organizadora dos Bioeventos

sábado, 17 de abril de 2010

Tâmega: declaração de Impacte Ambiental das barragens pronta em Junho

(...) os «custos sombra» da barragem


O município de Vila Pouca de Aguiar, presidido pelo social-democrata Domingos Dias, entregou um parecer desfavorável ao EIA, realçando como impacto mais significativo a deterioração da qualidade da água das albufeiras.

O economista e viticultor Amílcar Salgado chamou a atenção para os «custos sombra» que não estão contabilizados no EIA, como o aumento dos tratamentos nas vinhas devido ao aumento da humidade, dos custos com o aquecimento das casas, frisando que os 3500 postos de trabalho criados pela construção destes aproveitamentos hidroeléctricos são «temporários».

Também o «Grupo Lobo» mostra-se preocupado com os efeitos negativos da construção das barragens. Os ambientalistas temem que a edificação possa pôr em perigo a sobrevivência do lobo ibérico na zona do Alvão, Vila Real.

Para além dos lobos, também o mexilhão de rio do norte, (margaritifera margaritifera) pode estar em perigo. A espécie rara protegida pela legislação nacional e europeia e que em 1986 chegou a ser dado como extinto em Portugal é uma das muitas que pode não sobreviver à obra.

A construção da barragem de Padroselos implicaria a eliminação desta colónia de bivalves e, por isso, o EIA revela já um «possível cenário alternativo do projecto», que passa pela exclusão desta barragem aumentando a potência prevista para Gouvães. (...)"

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Morte de cria de lince-ibérico continua por explicar

    Análises vão prosseguir em Espanha e em duas semanas saber-se-á algo de concreto. Segunda cria está de boa saúde.


   A análise da cria de lince-ibérico que morreu em Silves, no domingo de manhã, "não foi conclusiva e só dentro de duas semanas, depois de mais investigação, se poderá saber mais qualquer coisa sobre a causa da sua morte", como explicou ao DN fonte do ICNB (Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade). A segunda cria não apresenta, entretanto, quaisquer problemas e continua junto da mãe, Azahar, na caixa parideira.

   As duas crias, as primeiras que nasceram no Centro Nacional de Reprodução do Lince-Ibérico, em Silves, no dia 4 deste mês, no Domingo de Páscoa, "estiveram sempre bem até domingo, dia em que uma delas morreu de causa aguda e de forma rápida", segundo explicou Rodrigo Serra, especialista em felinos e director do centro de Silves.

   Tudo aconteceu no domingo de manhã. Através do circuito de videovigilância, os técnicos aperceberam-se de alguma instabilidade, no decurso da qual Azahar pôs o corpo da cria morta fora da caixa parideira. Tratava-se de uma fêmea, e o seu cadáver, depois de recolhido, pelos técnicos, foi enviado para o Centro de Análises e Diagnóstico de Málaga, em Espanha, já que é esta a entidade à qual o Programa de Cria ibérico atribui este tipo de perícias.

   Para já, as análises são inconclusivas, pelo que só daqui a duas semanas, com uma avaliação mais profunda, se poderá saber algo concreto. Uma coisa é certa: não houve maus tratos por parte da progenitora, uma vez que o cadáver não apresenta qualquer tipo de sinal nesse sentido.

    Entretanto, a segunda cria continua bem, junto da progenitora, dentro da caixa parideira, e não há indícios de que possa vir a ter problemas.

   O risco de mortalidade das crias de lince-ibérico é, no entanto, algo com que os técnicos envolvidos no programa ibérico de conservação da espécie (que tem a pedra basilar na reprodução da espécie em cativeiro) contam à partida, já que a sua ocorrência tem sido uma constante, desde que a reprodução em cativeiro se iniciou em Espanha. Dados divulgados pelo ICNB mostram isso mesmo.

   No ano passado, por exemplo, nasceram 28 animais nos centros de reprodução espanhóis e só 17 (39%) sobreviveram até aos dois meses de idade. Em 2008, a média não foi melhor: dos 16 animais que nasceram nesse ano, três morreram ou foram abortados, e outros seis tiveram de ser retirados às suas mães e criados à mão. Ou seja, "em circunstâncias normais provavelmente morreriam", segundo o ICNB.

    Os dados do programa em Espanha revelam, ainda, que 70% das fêmeas inexperientes, que são mães pela primeira vez, como é o caso de Azahar, tiveram algum tipo de conduta anormal que levou ao abandono das crias, partos prematuros ou ausência de instinto maternal, embora nada disso tenha sucedido com Azahar.

   No centro de Silves prossegue agora a vigilância da cria que se mantém viva, e para já de boa saúde, e da sua mãe, que está calma e continua a cuidar dela. Dentro de duas semanas se saberá algo mais.

DN
!5/4/2010
por Filomena Neves

Dois linces-ibéricos nasceram em Silves



  "Reprodução em cativeiro do lince-ibérico teve o primeiro sucesso em Portugal. Duas crias nasceram no dia 4 deste mês no centro de Silves. A mãe, 'Azahar', que quer dizer 'flor de laranjeira' em árabe, está a ter um comportamento exemplar para com a sua primeira descendência.


    Nasceram no Domingo de Páscoa e isso é com certeza bom sinal. Não se sabe ainda se são machos ou fêmeas, ou um de cada - só dentro de um mês se poderá manipular as crias. E também não têm nome ainda. O que é certo é que a mãe, Azahar, está a ter um comportamento exemplar com os seus bebés e que um deles vai ser baptizado pelas crianças de São Bartolomeu de Messines, a freguesia do concelho de Silves onde está o Centro Nacional de Reprodução do Lince-Ibérico.

    As duas primeiras crias de lince- -ibérico nascidas em Portugal em cativeiro têm agora uma semana, já pesam 200 a 300 gramas e continuam ao cuidado da mãe, que tem tido "um comportamento exemplar", segundo o responsável do centro, o veterinário e especialista em felinos Rodrigo Serra.

    Para já, está tudo a correr bem, e uma semana já lá vai, mas ainda falta pelo menos outra para um primeiro suspiro de alívio. É que as duas primeiras semanas "são cruciais", explicou Rodrigo Serra, já que "existe o perigo de a fêmea as abandonar, o que pode obrigar-nos a intervir para amamentar as crias, numa fase ainda muito débil de desenvolvimento".

    Nada disso aconteceu, e nada indica que vá suceder. Pelo contrário, a equipa técnica está fascinada. "É impressionante, a progenitora está permanentemente metida na caixa parideira e a única coisa que faz é tratar das crias", contou Rodrigo Serra.

    A vigilância, no entanto, não abranda um minuto. "Estamos em alerta permanente, através do circuito interno de vídeo, para o caso de ser necessário a nossa intervenção", adiantou.

    Os dois pequenos linces são as primeiras crias de Azahar, cujo nome significa "flor de laranjeira" em árabe. Esta fêmea nasceu em liberdade, na Sierra Morena, em 2004, e tem a particularidade de ter sido o primeiro animal transferido de Espanha para o centro de Silves, em Outubro do ano passado, ao abrigo do Plano Ibérico para a conservação do lince. Com as duas crias, a população em cativeiro do centro de Silves subiu de repente de 16 para 18 animais.

    Azahar nunca tinha conseguido engravidar no centro de Jerez de la Frontera, onde se encontrava antes de ter vindo para o Algarve. O stress urbano poderá ter impedido a gravidez. Mas em Silves tudo correu sobre rodas.

    Em Dezembro, a equipa técnica juntou Azahar e Drago - que nasceu em cativeiro em La Olivilla e é um dos 16 exemplares que vieram de Espanha - e o resultado foi um sucesso. A parceria foi "perfeita", considerou Rodrigo Serra. "Foi química, apesar de fazermos as parelhas com critérios genéticos."

    "Nada diria que se fossem dar bem, mas deram-se perfeitamente e estiveram juntos até 15 dias antes do parto", contou o responsável, explicando que a fêmea "começou a manifestar cio cinco dias antes das primeiras cópulas, a 29 de Janeiro, o que prova que se adaptou rapidamente às nossas condições".

    Agora é esperar que tudo continue a correr bem. Dentro de um mês já será possível manipular as crias e então se saberá o seu sexo. Quanto ao nome, para além do concurso nas escolas, a equipa técnica terá o privilégio de baptizar uma delas. Aguardemos."

DN
11/4/2010
 FILOMENA NAVES

quinta-feira, 25 de março de 2010

Bio Eventos 2010

 
    Em Ano Internacional da Biodiversidade, foi desenvolvido um programa de diversas actividades projectadas por algumas instituições nacionais, Museu Nacional de História Natural e pelo Centro de Biologia Ambiental,  e entidades da Universidade de Lisboa dedicadas à investigação, conservação e divulgação da biodiversidade.

    O nosso grupo pretende vir a realizar uma dessas actividades  prospostas ambrangendo o resto da comunidade educativa e cidadãos Aveirenses. Essa actividade é intitulado por o Dia B - Dia Internacional da Biodiversidade (22 de Maio).

    Esta actividade consiste:
  • "na participação activa do público no trabalho de inventariação do nosso património natural. Pede-se aos cidadãos que saiam à rua neste dia, procurem um local apropriado e registem as espécies que observam."
    No decorrer do tempo, vamos colocando mais informação desta actividade e de outras realcionadas com este ano.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Notícia - O Regresso do lince - ibérico vai ser uma realidade!

     No Ano Internacional da Biodiversidade, na revista Parques e Vida Selvagem (Inverno 2009/2010), saiu um artigo sobre o Lince -Ibérico que vem a seguir transcrito.


     "E por falar em espécies extintas ou à beira disso, cá por Portugal há boas-novasquanto ao Lince - ibérico: para além do centro de reproduçao criado no Algarve, Tito Rosa, presidente do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade(ICNB), revelou em Dezembro que "No espaço de três a quatro anos podemos ter linces - ibéricos no Alentejo, depende como irá decorrer o projectoque estamos a desenvolver nesse sentido". O Investimento desse projecto, que teve início em Setembro de 2009 e terminará em agosto de 2011, ascende a 330 mil euros.
     Para que o regresso do lince- Ibérico venha a ser uma realidade, irão ser instalados abrigos, comedouros e bebedouros para coelho-bravo, criadas clareiras, feitas sementeiras, promovida arecuperaçaõ da vegetação ribeirinha, a recuperação das sebes e comunidades arbustivas e a reprodução e repovoação de coelho -bravo.
     Acreditemos que sim, como acreditámos, em 1981, que a criação da Reserva Natural da Serra da Malcata ia fazer isto tudo, e salvar da extinção, em Portugal, o felino mais ameaçado do mundo."

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Morfologia do Lince - Ibérico


     Da família dos Felídeos, o Lince - Ibérico, apresenta um comprimento que varia  entre os 80 a 100 cm, tendo uma cauda que varia entre os 12 e os 16 cm, sendo esta, comparado com os felídeos, relativamente pequena. O seu peso varia de macho para as fêmeas, sendo o macho mais pesado com cerca de 13 kg e a fêmea com um peso aproximado de 9,5 kg.

     Esta espécie apresenta algumas particularidades como as suas orelhas terminadas com longos pêlos, em forma de pincel. Tem umas patilhas grandes de cor branca e negra sendo estas cores diferentes do resto do corpo pois, a cor do seu pêlo é amarela acastanhada, salpicada de manchas negras. Os seus membros anteriores são possantes favoráveis á captura das presas e os seus membros posteriores são altos favorecendo assim saltarem.

    Estes felídeos podem ter uma duração de vida entre os 10 a 18 anos, se em cativeiro; sendo certamente menos em liberdade.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Morfologia da Águia Real


     A Águia-real é uma espécie sedentária e entre as características morfológicas destaca-se o seu grande porte, que pode variar ligeiramente de região para região. O peso desta espécie varia de macho para fêmea sendo esta mais pesado que o progenitor, podendo vir a pesar aproximadamente 6 kg enquanto o macho pode vir a pesar 4 kg. Em termos de dimorfismo sexual, para além da diferença de peso existente entre os dois membros do casal, existe uma diferença evidente no tamanho, sendo o macho mais pequeno 20 cm em altura e cerca de 30 cm em envergadura que a fêmea. A coloração das retrizes é outro aspecto evidente na diferenciação do sexo pois, em geral, o macho apresenta maior número de manchas transversais escuras na cauda.

    Em voo as águias reais podem confundir-se com outras grandes aves planadoras escuras como o Grifo ou o Abutre-preto. Nesses casos a observação da cauda e cabeça mais proeminentes (ao contrário da causa atarracada dos abutres), as asas rectas com apenas a ponta das asas dobrada para cima, e o aspecto mais veloz e activo do seu voo são os aspectos mais determinantes na sua correcta identificação, em espacial a grandes distâncias.

      As diferenças entre adultos e juvenis são mais notórias que entre os sexos, especialmente em voo, pois os juvenis apresentam uma mancha branca nas asas (primárias e secundárias parcialmente brancas), e na cauda as retrizes são brancas com barra terminal preta. Progressivamente até idade adulta (4 anos) as penas parcialmente brancas vão sendo substituídas por penas castanhas, ou castanho acinzentado. Em termos de aspecto geral a coloração da ave adulta é castanha, com a nuca dourada, podendo em alguns caso conservar alguma cor esbranquiçada na cauda.

Morfologia do Lobo - Ibérico


    Um pouco menor e esguio que as outras subespécies do lobo-cinzento, os lobos-ibéricos machos medem entre 130 a 180 cm de comprimento, enquanto as fêmeas medem de 130 a 160 cm. A altura pode chegar aos 70 cm. Os machos adultos podem vir a pesar entre 30 a 40 kg e as fêmeas entre 20 a 35 kg.

     Tem uma cabeça grande e maciça, apresenta orelhas com uma forma triangular e relativamente pequenas e olhos oblíquos de cor amarelada. O focinho tem uma zona clara, de cor branco-sujo, ao redor da boca. A cor de seu pêlo e heterogénea, que vai variando do castanho amarelado ao acinzentado mais escuro, chegam à cor negra no seu dorso. Na parte anterior das patas dianteiras possuem uma característica faixa longitudinal negra.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Morfologia da Águia de Bonelli


    Águia de tamanho médio, com uma envergadura que varia entre o 1,5 metros e 1,8 metros, e com peso entre 1500 a 2400 gramas. Em adulta com plumagem escura nas asas, branca na parte inferior do corpo, e com uma mancha branca típica no centro do dorso (bem visível por ter penas muito escuras em redor). Tem uma banda negra na extremidade da cauda. Os juvenis têm uma plumagem totalmente distinta, com asas castanho escuras e restante corpo em tons castanho amarelados, cor de mel. Progressivamente, ao longo de 4 anos, vai adquirindo os padrões da plumagem adulta. Os sexos distinguem-se sobretudo pelo tamanho, cerca de 20 cm de diferença em termos de envergadura.


     Em voo as águias de Bonelli adultas podem confundir-se com outras aves com plumagem branca (ou clara) no ventre como a Águia-calçada ou a Águia-cobreira. A identificação faz-se sobretudo pela detecção do contraste entre o branco do ventre e o negro das asas, muito nítido na Águia de Bonelli, mas também pela mancha branca dorsal e a observação do aspecto mais pesado do voo, planando em círculos comparativamente mais abertos e lentos. A grandes distâncias a sua silhueta distingue-se da Águia-real pelo facto de ter a ponta das asas ligeiramente dobrada para baixo (contrariamente à Á. real).