sábado, 17 de abril de 2010

Tâmega: declaração de Impacte Ambiental das barragens pronta em Junho

(...) os «custos sombra» da barragem


O município de Vila Pouca de Aguiar, presidido pelo social-democrata Domingos Dias, entregou um parecer desfavorável ao EIA, realçando como impacto mais significativo a deterioração da qualidade da água das albufeiras.

O economista e viticultor Amílcar Salgado chamou a atenção para os «custos sombra» que não estão contabilizados no EIA, como o aumento dos tratamentos nas vinhas devido ao aumento da humidade, dos custos com o aquecimento das casas, frisando que os 3500 postos de trabalho criados pela construção destes aproveitamentos hidroeléctricos são «temporários».

Também o «Grupo Lobo» mostra-se preocupado com os efeitos negativos da construção das barragens. Os ambientalistas temem que a edificação possa pôr em perigo a sobrevivência do lobo ibérico na zona do Alvão, Vila Real.

Para além dos lobos, também o mexilhão de rio do norte, (margaritifera margaritifera) pode estar em perigo. A espécie rara protegida pela legislação nacional e europeia e que em 1986 chegou a ser dado como extinto em Portugal é uma das muitas que pode não sobreviver à obra.

A construção da barragem de Padroselos implicaria a eliminação desta colónia de bivalves e, por isso, o EIA revela já um «possível cenário alternativo do projecto», que passa pela exclusão desta barragem aumentando a potência prevista para Gouvães. (...)"

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